Referencial

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Em 30 de maio de 2000, Eduardo Carvalho começou a trabalhar na agência missionária AMME evangelizar. Desde então, 17 anos se passaram, muita coisa mudou e ele viveu inúmeras experiências dentro do ministério. Mas, mesmo após todo esse tempo, uma coisa permanece intacta: o desejo de levar a Palavra de Deus às novas gerações.

É com esse intuito que ele trabalha para propagar o Evangelho entre os mais jovens por meio da Visão 2030, um movimento global de evangelização dos mais jovens no qual a AMME evangelizar é uma das parceiras.

“A Visão 2030 é muito importante para mim porque, desde que fizemos aquela pesquisa denominada Super20, nós vimos o registro de conversões nas últimas décadas e detectamos que a maior parte delas acontece entre 4 e 24 anos de idade. Então, a partir daí, tudo o que a AMME realizou foi neste sentido, de trabalhar com essa faixa etária. Então a Visão 2030, na verdade, veio ampliar algo que estava sendo feito. Logicamente que ela é algo maior porque não estamos pensando apenas no Brasil, mas sim em todos os países de língua portuguesa. Na minha percepção, ela é um referencial para intensificarmos, de 15 em 15 anos, os trabalhos para alcançar os mais jovens”.

Para Eduardo, um dos maiores desafios é mudar a mentalidade de muitos pastores e líderes de Igrejas Evangélicas do Brasil que se focam nos adultos e acabam por “esquecer” os mais jovens.

“Na verdade isso é um desafio porque a maioria das igrejas está voltada para o público adulto. Então nós temos o trabalho de conversar e mostrar a importância da evangelização de crianças, adolescentes e jovens. Porém, eu avalio que muitos pastores e líderes das igrejas acabam se dando conta da urgência da missão, passam a dar mais valor à juventude e capacitá-la para que ela evangelize e dê frutos também. É até curioso porque muitas dos líderes das igrejas brasileiras se converteram nessa faixa etária, então eles se lembram de suas experiências de vida e são ‘incomodados’ a fazer algo pelos mais jovens”, afirma.

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Apesar de ser apenas o início do trabalho com a Visão 2030, o missionário começa a perceber resultados animadores. “Nós ainda percebemos que a igreja, num modo geral, está muito longe de ter o entendimento do alcance a essa geração, mas é bem animador quando o líder percebe essa necessidade, procura ajuda de ministérios que trabalham com esse público e colhe os resultados disso. Nós já recebemos testemunhos de pastores que precisaram triplicar o espaço reservado aos adolescentes porque o ministério cresceu, então isso é muito satisfatório”.

Pai de Sophia e marido de Adriana, Eduardo não se limita a colocar os conceitos da Visão 2030 em prática somente no ambiente de trabalho, mas também procura levar essa metodologia para o ministério em sua igreja local. Membro da Igreja Batista da Borda do Campo, em São Bernardo do Campo – SP, o missionário fala sobre como auxilia os líderes dos ministérios de adolescentes e jovens.

“Já atuei em algumas áreas ligadas aos jovens e adolescentes. No momento, estou engajado em um projeto que consiste em um espetáculo para o fim do ano, que tem como objetivo mostrar para toda a igreja de forma lúdica e criativa o conteúdo bíblico ministrado as crianças durante o ano no ministério infantil.

“Um outro projeto com o qual estou envolvido em minha igreja local se chama Bola na Rede. O foco é ensinar a Palavra de Deus às crianças e adolescentes de uma comunidade próxima da igreja. Então eles vêm para a igreja pela manhã, tomam o café, têm o estudo bíblico em salas separadas e depois disso vão para uma aprendizagem técnica esportiva. Eu estou ajudando o pessoal na preparação das lições bíblicas. Recentemente iniciamos um pequeno grupo de estudo bíblico na comunidade Boa Vista com jovens que já passaram pelo projeto Bola na Rede”.

Por fim, a mensagem deixada por ele é que o trabalho de apresentação do Evangelho às crianças, adolescentes e jovens deve ser feito de maneira completa. “As novas gerações não são apenas o alvo, mas também agentes da evangelização. Por isso é preciso evangelizá-las e, ao mesmo tempo, capacitá-las para que elas deem fruto”.

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